Magic: the Gathering

Opinião

Legacy - Teorias sobre os banimentos e desbanimentos de Março!

, Comment regular icon0 comments

Mês de anúncio de banimentos é mês de especulações! Dessa vez não há um alvo tão claro quanto no último anúncio, mas há situações que chamam a atenção e podem fazer a Wizards tomar alguma atitude. E talvez até mesmo trazer de volta cartas esquecidas!

Writer image

revisado por Tabata Marques

Edit Article

Indice

  1. > Apresentação
  2. > Por que Banir cartas em MtG?
  3. > E o Formato Atual?
  4. > Turno 2, o Que é Isso?
  5. > Um Estranho no Ninho
  6. > Pensando em Desbanimentos - Saída Livre da Prisão!
  7. > Conclusão

Apresentação

Bom dia, boa tarde, boa noite meus amigos do Legacy! Chegamos a uma das épocas preferidas de todos os jogadores de Magic, independente de quais formatos eles jogam: mês de anúncio de novidades na lista de banidas! Teremos anúncio no final do mês (31/03) e eu, assim como qualquer outro jogador, vou dar o meu pitaco para o que pode acontecer com o nosso formato!

Por que Banir cartas em MtG?

Loading icon

Basicamente, são dois os fatores principais que levam a Wizards a exercer o seu poder e alterar a composição das cartas permitidas em um formato: problemas com Nível de Poder e problemas com Padrão de Jogo.

Ad

O primeiro fator é o mais comum para fazer com que alguma carta seja banida: a Wizards entende que o Metagame está desbalanceado porque um ou mais arquétipos estão com um índice de vitórias muito alto e que ou os demais decks não estão conseguindo se adaptar para conter a ameaça, ou que os decks estão se distorcendo demais (cartas como Pyroblast ou remoções de cemitério no Main Deck) para conseguir ter alguma chance de competição.

Cartas como Psychic Frog, White Plume Adventurer, Underworld Breach e Oko, Thief of Crowns são exemplos que foram mandados mais cedo embora por distorcerem demais o Metagame pelo nível de poder.

Loading icon

Já o segundo fator é um pouco mais subjetivo: nesses casos, o entendimento da Wizards é que as cartas em questão trazem ao jogo situações de jogo que ela considera que não são saudáveis para a saúde do TCG.

Aqui podemos citar o banimento de Sensei’s Divining Top por ser uma carta que consumia tempo demais de jogo, Arcum’s Astrolabe, que quebrava uma das regras básicas do Legacy: se você quer ser ganancioso com a sua base de mana, prepare-se para ser punido por cartas como Wasteland e Blood Moon; ou os banimentos das cartas de Unfinity por causar questões logísticas em torneios.

Loading icon

Há também cartas que combinam os dois fatores: possuem um alto Nível de Poder e também geram situações que a Wizards não considera como ideais de jogo.

Aqui podemos citar o banimento da Vexing Bauble, claramente uma das cartas mais fortes de MH3 e ainda capaz de invalidar um dos principais ângulos de jogo do Legacy ao travar o uso das mágicas de custo alternativo e das de custo 0; ou o banimento de Grief, que em conjunção com Reanimate não apenas era uma jogada poderosa, mas também extremamente frustrante para o jogador recebendo o descarte duplo no turno 1.

Wrenn and Six não apenas era um Planeswalker quebrado de 2 manas, mas a possibilidade de gerar uma corrente infinita de Wasteland sem basicamente nenhum custo de construção de deck envolvida gerava um padrão de jogo nada agradável.

Loading icon

E o Formato Atual?

Loading icon

Quanto ao primeiro fator, não há muita discussão de que o Reanimator é o deck mais forte do formato. Mas a discussão fica acalorada na hora de definir se ele está fora da curva do Nível de Poder a ponto de merecer um banimento.

Por um lado, na época do Psychic Frog, o deck era muito difícil de ser combatido, pois atacava muito forte em duas frentes. Essa dualidade não é a mesma, pois embora boa parte das listas opte por tentar manter a estratégia de plano B com Barrowgoyf, Orcish Bowmasters e/ou Murktide Regent, não há exatamente um consenso sobre qual a lista ideal.

Temos listas Dimir herdeiras da versão banida, versões Monoblack com Shallow Grave, listas híbridas de Reanimator com Dark Depths e até mesmo as versões Rakdos com Faithless Looting. Então, é difícil argumentar que o deck está muito fora da curva se nem mesmo entre os jogadores existe o consenso sobre qual o melhor caminho a seguir.

Ad

Dado o modus operandi da Wizards nas janelas de banimento anteriores, se Nível de Poder for o único fator para mudar o formato, eu não acredito em nenhum banimento nesse mês.

Turno 2, o Que é Isso?

Loading icon

Imagine a situação: você se interessou pelo Legacy, mas como é um formato caro, você resolveu começar com um deck budget enquanto se acostuma com o estilo de jogo e vai montando um deck mais competitivo. Com as cartas à sua disposição e algumas emprestadas de alguns amigos, você conseguiu montar um Burn. Round 1, você senta para jogar, perde o dado. Abre uma mão excelente, bem capaz de queimar os pontos de vida do oponente no turno 3 - Que nunca vai existir, pois seu oponente fez um Balustrade Spy no 1 e colocou uma Thassa’s Oracle via Dread Return.

Oops, All Spells já é um deck que existe no formato há um bom tempo, mas sempre teve contra si o fato de ser naturalmente inconsistente. Só que essa inconsistência foi bastante remediada quando MH3 ofereceu uma quantidade enorme de Terrenos que não são Terrenos: as MDFC como Boggart Trawler, Sink Into Stupor e Disciple of Freyalise, por exemplo, aumentaram em muito as possibilidades de mãos capazes de combar no 1 ou no 2. Só que esse ganho do deck acabou ficando soterrado sob o poder de Vexing Bauble. Quando a Bauble foi banida, o caminho ficou aberto e o deck ganhou bastante tração, especialmente no Magic Online, onde é visto como um deck excelente para jogar várias ligas, já que os jogos são geralmente rápidos. Ele ainda pode ser visto como um “Glass Cannon”, um deck poderoso, mas frágil - só que em números grandes, ele representa um problema ao formato.

Formatos como o Legacy e o Vintage sofrem um estigma para jogadores de outros formatos que por vezes acreditam que são formatos onde existem apenas decks de combo de turno 1. Embora isso não seja verdade, quando decks como Oops se tornam mais populares, essa experiência acaba por se tornar mais comum e acaba por espantar decks sem acesso à Force of Will, que virtualmente não tem resposta a um deck como esse no jogo 1 caso percam no dado para decidir quem começa. Esse é um padrão de jogo extremamente preocupante e o seu número crescente tem gerado uma preocupação na comunidade Legacy. Eu acredito que a Wizards possa se mover devido a esse fator.

Caso decida se mover, a Wizards pode decidir lidar com o deck de algumas maneiras: remover Thassa’s Oracle não apenas torna o deck ainda mais inconsistente, já que ainda pode combar ao triturar o deck todos de uma só vez, mas o combo demanda 3 cartas (Azami, Lady of Scrolls, Angel of Glory’s Rise e Laboratory Maniac) ao invés de apenas 1, o que adiciona várias cartas mortas que o deck pode comprar, diminuindo sua consistência. De quebra, diminui o poder de outros decks como Doomsday e Cephalid Breakfast.

Outra carta que pode ter seus dias encurtados para conter o deck é Dread Return, pois é chave no combo e demandaria uma outra combinação para garantir a vitória, talvez morfando o deck em um combo de 2 turnos – triturar todo o deck, reembaralhar apenas o necessário com Memory’s Journey para combar na volta... ou simplesmente voltar para as raízes e jogar de Goblin Charbelcher. Há também a possibilidade de se banir um dos 2 ativadores para cortar pela metade a consistência do Combo.

Ad

De qualquer maneira, Oops oferece um Padrão de Jogo que é problemático e acredito que está sob vigilância.

Um Estranho no Ninho

Loading icon

O passarinho mais odiado do Magic não tomou conta do formato, ao menos por Nível de Poder. Mas, assim como o já citado Sensei’s Divining Top, é uma carta com um Padrão de Jogo que consome tempo de jogo demais, além do potencial de gerar confusão pela grande quantidade habilidades desencadeadas.

Há uma certa ironia aqui, pois o principal parâmetro de análise de dados da Wizards é o Magic Online, e não são poucos jogadores que já disseram que não gostam de jogar com o deck na plataforma digital por causa da quantidade de cliques necessários para ativar e resolver todas as habilidades ativadas e desencadeadas, o que acaba por fazer com que os arquétipos com a carta tenham números menores do que o seu potencial.

Talvez a Wizards opte por não ceifar o tempo do Nadu por enquanto devido a não ter excedido o patamar de Poder aceitável, mas é outra carta com um Padrão de Jogo bem contestado. Eu certamente não ficaria triste em ver o Nadu bem distante de mim.

Pensando em Desbanimentos - Saída Livre da Prisão!

Loading icon

A gente gosta de discutir banimentos, mas essa janela oferece também a oportunidade de trazer de volta algumas cartas que estão mofando na lista de banidas.

Se eu fosse um cara das apostas, certamente colocaria minhas fichas em um desbanimento que para mim é quase garantido nesse anúncio: Hermit Druid é uma carta que já nasceu banida quando o Legacy foi codificado como um formato diferente do antigo Tipo 1.5.

De lá para cá, é claramente uma carta que não se compara mais a coisas que temos disponíveis no formato. Veja só, o Oops que falamos logo acima já faz o que esse Druida faz logo no turno 1, enquanto ele precisa sobreviver um turno (complicado para um 1/1 de 2 manas) para ainda ativar e conseguir triturar o seu deck inteiro. O que me faz acreditar no seu retorno foi o fato dele ter sido reimpresso em Innistrad Remasteredlink outside website mesmo estando válido apenas no Commander e no Vintage. Eu penso que o nosso esquecido Druida possa ser interessante em combinação com Urza’s Saga e Lavaspur Boots para já ativá-lo no mesmo turno em que é invocado.

Outra sugestão de desbanimento é Mana Drain, outra carta que nunca viu a luz do dia no formato. Os decks Control tem sofrido no meta atual e talvez ela possa oferecer um diferencial. Ela já foi absurda o suficiente para ser um dos pilares no Vintage de 20 anos atrás, mas é capaz de sequer ver jogo no formato Legacy atual. Acho que vale a experiência.

Por fim, fica aqui uma citação a uma carta que não são poucos que consideram uma grande injustiçada do Legacy. DRS dominou o formato enquanto foi legal, mas, mesmo assim, muitos jogadores consideram que seria uma carta tranquila de ver jogo atualmente, adicionando - inclusive, uma generosa dose de resposta contra cemitérios no Main Deck de muitos arquétipos. Sinceramente, não acredito que a Wizards irá tomar essa decisão algum dia.

Ad

Conclusão

Concluindo essa análise, não acredito que a Wizards irá banir nada nessa janela. Na verdade, eu ficaria surpreso se algo fosse para a lista de indesejadas. Mas não vou deixar de desejar que Nadu dê adeus e que o assunto Oops receba alguma atenção.

Por outro lado, se o Hermit Druid não for desbanido, isso sim me pegaria desprevenido, pois os sinais estão muito fortes nesse sentido. Não creio que teremos outras alterações na lista.

Fico por aqui hoje, um abraço cheio de especulações e até a próxima!