Aetherdrift, a primeira expansão com cards novos de Magic em 2025, chega nas lojas em 14 de fevereiro, com o Prerelease ocorrendo na semana anterior.
A expansão tem como foco temas em torno de veículos, o que fez desse set um prato cheio para os decks de Greasefang, Okiba Boss no Pioneer, mas além de diversos novos veículos - alguns poucos que podem, sim, merecer um slot no Greasefang - a expansão também trouxe alguns outros cards para se construir em volta, como Radiant Lotus, ou até peças que podem se transformar em staples de múltiplos formatos, como o novo deus de Amonkhet, Ketramose, the New Dawn.
Branco

Skyseer’s Chariot é metade de um Anointed Peacekeeper e metade Pithing Needle em um veículo 3/3 com evasão. Não parece a melhor opção para decks brancos hoje, mas merece uma menção por adicionar mais uma permanente com essa habilidade com possibilidade de merecer slots de maindeck.

Spectacular Pileup temo benefício de remover indestrutível das permanentes do oponente, o que pode importar perante cards como Heroic Intervention e Selfless Spirit, e o Cycling garante que ele funcione como uma cantrip extra na mão do seu controlador. Pode merecer testes como one-of em listas de Control.

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Valor’s Flagship merece testes como one-of nas listas de Greasefang, Okiba Boss porque oferece um meio de segurar o clock dos Aggro enquanto sua habilidade de Cycling permite habilitar Greasefang todo turno com o mesmo veículo, sem contar que ele cria fichas 1/1 quando reciclado, criando uma boa interação de mesa.

Voyager Glidecar remete bastante a Warden of the Inner Sky, que achou espaço nas listas de Boros Convoke e em algumas variantes de Ensoul Artifact.
Vale alguns testes como potencial ameaça de longo prazo e habilitador de cards como Gleeful Demolition, mas o Warden provavelmente é um card melhor no Boros Convoke.
Azul

Malevolent Hermit já existe no Pioneer e nunca fez muito resultado no formato. Talvez, alguma lista de Ensoul Artifact, ou que se importe em ter muitos artefatos em jogo, faça com que este card encontre espaço no Pioneer.

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Memory Guardian é a primeira criatura–artefato com Afinidade por Artefatos na história do Pioneer. Sem o suporte adequado, não creio que essa habilidade possa quebrar o Metagame e nem que essa criatura tenha muito espaço em decks fora alguma combinação com Repurposing Bay.

Mind Spring Merfolk é o nome menos original possível que este card poderia ter. Nas versões atuais de listas de Merfolks, não creio que essa criatura tenha espaço porque o valor de mana da sua habilidade é muito alto e usá-lo em conjunto com Kaito, Bane of Nightmares ou outros Ninjas é contra-intuitivo.
Talvez ele tenha lugar nas listas Simic com Deeproot Pilgrimage, mas ainda assim, ele parece lento demais para o Pioneer.

Birthing Pod para artefatos ainda é um Birthing Pod para artefatos, mesmo que jogadores não tenham encontrado nenhuma combinação absurda com ele ainda. Talvez, os cards de Afinidade como Memory Guardian ou Demonic Junker sejam seus melhores amigos já que podemos pular custos de mana para, por exemplo, chegar até um Cityscape Leveler e posteriormente em um Portal to Phyrexia.

Waxen Shapethief é mais um clone para Gyruda, Doom of Depths e que se recicla caso seja comprado durante a partida. Não parece o tipo de carta que vai tornar deste combo um competidor no Metagame, mas é uma adição útil.
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Preto

Bloodghast é o tipo de card que precisa do suporte ideal para funcionar e este normalmente envolve colocar muitos cards no cemitério muito rápido.
Seus melhores amigos no Pioneer serão o Dredgeless Dredge com Prized Amalgam e decks de Insidious Roots, mas talvez ele possa aparecer em outros arquétipos que queiram extrair valor de efeitos de descarte, similar a como fazem com Hollow One no Modern.

Demonic Junker é o segundo artefato com Afinidade da expansão e funciona como remoção, além de ser tripulado pela maioria das criaturas do formato. Talvez exista alguma combinação interessante dele com outros artefatos baratos para reduzir seu custo, mas sua maior utilidade nesse momento parece, assim como Memory Guardian, ser usado com Repurposing Bay para trapacear em custos de mana.

The Last Ride é mais próximo de Reckoner Bankbuster do que ele é de Death’s Shadow, com o valor agregado de ser uma ameaça que pode ganhar jogos se o oponente for descuidado.
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Diferentemente do card em que foi inspirado, não adianta montar um deck em volta dele, e as concessões necessárias para fazê-lo funcionar precisam ser testadas - então não tenho altas expectativas sobre ele no Pioneer.

Decks de Bounce estão em alta no Standard e no Pioneer, e Momentum Breaker é o card ideal para substituir Tithing Blade ou Trial of Ambition nesses arquétipos, já que sempre vai tirar algum recurso do oponente mesmo que ele não tenha uma permanente na mesa.

Quag Feast é um card divisivo: por um lado, ser um feitiço e com uma habilidade condicional tira seu potencial de jogar em decks como o Rakdos Demons e suas variantes. Por outro, ela é a remoção perfeita para arquétipos que desejam cards em seu cemitério, como as listas de Abhorrent Oculus, ou até variantes de Greasefang, Okiba Boss que queiram uma interação barata que colabora com seu plano de jogo.
Vermelho

Os decks vermelhos do Pioneer hoje não querem Count on Luck como fonte de vantagem em cartas para jogos de atrito. O seu custo de , entretanto, o torna um payoff excelente para variantes de Mono Red Devotion, deck que desapareceu do formato por volta de 2021, mas que pode ter um momento nos holofotes enquanto Nykthos, Shrine to Nyx permanecer válido no formato.
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Menção honrosa.
Draconautics Engineer é o habilitador mais barato para Afterburner Expert e pode merecer slots caso o novo Goblin verde tenha viabilidade no Pioneer. Vale ressaltar que habilidades de Exhaust podem ser copiadas com Agatha’s Soul Cauldron.

Um Flame Sweep que nunca é inútil pode merecer slots de maindeck e/ou Sideboard se arquétipos go wide com criaturas pequenas, como o já mencionado Boros Convoke, voltarem aos holofotes do Metagame e/ou se tornarem estratégias predominantes, então Fuel the Flames merece uma menção honrosa.

Marauding Mako é o melhor amigo de Hollow One.
Seja em uma casa com diversos cards de Cycling e Drannith Stinger, ou com efeitos de descarte como Fear of Missing Out e Bloodtithe Harvester somado com Bloodghast e outros meios de gerar valor positivo ao descartar um card, há muitas maneiras de aproveitar Marauding Mako no Pioneer, tornando-o um dos cards com maior potencial de afetar o Metagame e/ou estabelecer novos decks da expansão.
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Verde

Afterburner Expert possui um “combo” se conseguirmos colocar muitas cópias dele no cemitério e ativarmos Draconautics Engineer para trazer todos os Experts de volta com o trigger deles e, em seguida, eles ganham Haste com o Exhaust, totalizando até 16 de dano de graça.
Acredito que há algum meio de extrair o maior proveito possível deste card no Pioneer, mas que este também passa por Agatha’s Soul Cauldron para aumentar a consistência das habilidades de Exhaust (o novo Loot é um bom exemplo de efeitos excelentes para dar a outras criaturas), mas é possível que este seja um combo pior do que o Izzet Phoenix e também pior que os demais decks de Cauldron do formato.

Thunderous Velocipede é um 5/5 por três manas que faz suas criaturas entrarem com um ou mais marcadores +1/+1. Somado com Marketback Walker, ele já garante um valor positivo de um card extra para o artefato, e as interações de ambos com Hardened Scales são sempre bem-vindas para vermos se um arquétipo que as pessoas tentam fazer funcionar desde que o Pioneer nasceu finalmente floresce e ganha seu espaço no cenário competitivo.

Webstrike Elite tem um corpo decente para o seu custo, adiciona dois pontos de devoção ao verde, troca com Arclight Phoenix e sua habilidade de Cycling lida com Unholy Annex, ou qualquer outro artefato, ou encantamento problemático na mesa. Merece alguns testes em listas de Devotion.
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Multicolorido

Brightglass Gearhulk é, em um vácuo, o mais poderoso dentre os cards do novo ciclo de Aetherdrift. No Pioneer, ele busca de combinações já muito testadas como Sigarda’s Aid e Colossus Hammer ou Witch’s Oven e Cauldron Familiar, como também peças importantes de resposta como Portable Hole, Deafening Silence, Shapers’ Sanctuary ou Pithing Needle, sem contar cards com no custo como Marketback Walker.
A alta flexibilidade deste card é equilibrada por um custo de mana extremamente restritivo e que não se encaixa em nenhum dos principais arquétipos do atual Metagame.

Coalstoke Gearhulk, ou o Demigod of Revenge que temos em casa tem uma habilidade que pode ser reaproveitada com efeitos de Clone, onde conjuramos o Gearhulk, devolvemos um clone para a mesa, ele copia Coalstoke Gearhulk e devolve outro clone para a mesa: com quatro Clones, temos 20 de dano com Menace e Haste.
Atualmente, considero esse combo pior do que os que envolvem Trumpeting Carnosaur e Quintorius Kand, especialmente porque a linha de hate contra ele já é bem popular no Pioneer e deve ficar mais popular com o hype em torno dos veículos novos com Greasefang, Okiba Boss, mas é possível fazer outros testes com ele como ameaça complementar nos decks de Rakdos.

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Debris Beetle, ou Siege Renault, merece alguns testes em listas de Abzan Greasefang em, pelo menos, um dos slots de Esika’s Chariot. Ele não coloca a mesma pressão na mesa, mas um Lightning Helix acompanhado de um atacante 6/6 com Trample que podemos, no turno seguinte, reutilizar como outro Lightning Helix é forte o suficiente para merecer alguns slots - talvez, seja até melhor do que Valor’s Flagship na função de lidar com as partidas de Aggro.

Ketramose, the New Dawn é um card muito versátil e poderoso em uma dúzia de ocasiões: ameaça complementar para decks que dependem do cemitério e são vulneráveis contra Rest in Peace, criatura para listas de Collected Company que interage com Skyclave Apparition e Werefox Bodyguard para gerar vantagem em cartas, ou até outro meio de tirar proveito de Graveyard Trespasser, que sumiu brevemente do Metagame quando o Rakdos Demons se tornou o deck a ser batido.
Potencial staple do formato e, isoladamente, pode ser o card mais poderoso da expansão para todos os formatos competitivos. Uma análise completa dele pode ser encontrada neste artigo.

Loot, the Pathfinder possui três habilidades ativadas que são, respectivamente, Black Lotus, Ancestral Recall e Lightning Bolt, mas todas com o custo adicional de conjurar uma criatura de cinco manas.
Ele não é bom por conta própria, mas suas habilidades interagem absurdamente bem com Agatha’s Soul Cauldron em decks interessados em usar o artefato para gerar valor, já que todas as suas criaturas com marcadores +1/+1 se tornariam fontes de dano e vantagem em cartas.
Talvez este não seja um card muito competitivo, mas vale o esforço de avaliar onde esse combo pode se encaixar.
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Oildeep Gearhulk é a categoria de card que vejo com muito potencial no Standard por conta do Metagame, mas que não tem tanto espaço no Pioneer porque existem opções mais eficientes, fora que seus requerimentos de cores não ajudam a torná-lo fácil de conjurar.
Por ele fazer o oponente descartar cards e ter um corpo 4/4 com um ETB relevante, talvez valha testar nas versões de Waste Not com This Town Ain’t Big Enough, mas me parece um card win more do que algo necessário na atual iteração do deck.

Pyrewood Gearhulk é um End-Raze Forerunners por duas manas a menos, mas trocando Trample por Menace, habilidade que pode ser útil nas estratégias de go wide que utilizariam essa criatura para ter o seu Craterhoof Behemoth em casa, em especial no Elves, que teria o desafio de adicionar na sua lista em troca de uma criatura mais barata e tecnicamente mais eficiente para fechar jogos.

Particularmente, gosto de Riptide Gearhulk e acredito que ele pode merecer um slot, por exemplo, no Niv-to-Light como algo para buscar com Bring to Light em determinadas ocasiões enquanto oferece um clock robusto com remoções baratas.
É provável que outros decks estabelecidos no formato hoje tenham opções melhores, em especial nas listas de Control, já que o novo Gearhulk não se protege por conta própria.
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Rocketeer Boostbuggy é um veículo de duas manas com um corpo decente, com custo fácil de tripular e gera vantagem em mana quando ataca. As semelhanças com Smuggler’s Copter são suficientes para merecer uma menção honrosa, apesar de não imaginar nenhum deck que queira este card no momento.

Sab-Sunen, Luxa Embodied é difícil de avaliar porque faz muitas coisas boas, mas muito devagar.
Sozinho, ele ataca como um 7/7 Trample por cinco manas no turno seguinte. Depois, ele compra duas cartas e mantém esse ciclo até o oponente lidar com ele - um tremendo desafio para um card que desvia de Anoint with Affliction, Skyclave Apparition e Vanishing Verse.
Se seu deck leva a partida para o late-game, ele oferece o melhor de dois mundos entre condição de vitória difícil de matar e fonte constante de vantagem em cartas, então ele provavelmente merece um slot no Niv-to-Light e em algumas outras pilhas de Goodstuff com Omnath, Locus of Creation, além de provavelmente ser um desses cards que cria arquétipos e variantes de decks (Simic Devotion, talvez?) por conta própria.

Thundering Broodwagon pode merecer espaço no Abzan Greasefang nos slots que hoje pertencem a Skysovereign, Consul Flagship visto que o card se coloca no cemitério por conta própria e é uma remoção definitiva contra qualquer coisa com valor de mana quatro ou menor.
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Particularmente, prefiro Skysovereign pelo potencial evasivo e facilidade de jogar no cast em partidas onde enfrentamos hate em excesso, mas a possibilidade de Thundering Broodwagon lidar até com uma Leyline of the Void no late-game pode garantir espaços no mandeck.

Acredito que Zahur, Glory’s Past é o único card com a mecânica de Start Your Engines que valha a pena considerar no Pioneer porque os decks que normalmente querem este tipo de card também procuram Cauldron Familiar e Witch’s Oven, que facilita chegar ao Max Speed e começar a criar fichas 2/2 sempre que seu controlador sacrificar uma criatura, gerando muitas interações com a engine de Sacrifice do formato.
Artrefato

Nunca tivemos um Planeswalker Equipamento antes, então The Aetherspark é um card bem difícil de avaliar, mas considerando seu custo de mana e velocidade com qual conseguimos extrair valor dele, é possível compará-lo com Unholy Annex, onde ele é um card pior porque Annex garante os draws extras e ainda funciona como clock, enquanto o novo card requer uma fase de combate e, pelo menos, um turno antes de começar a gerar valor.
Por outro lado, The Aetherspark é incolor, então há uma janela de oportunidades muito maior com ele do que com Unholy Annex, mas queremos usá-lo geralmente para comprar dois cards a mais todo turno, o que requer criaturas atacando para cinco ou mais de dano no combate, e os arquétipos que podem pagar seu custo de mana e usá-lo de forma eficiente são os mesmos decks que já possuem outras fontes mais úteis de vantagem em cartas.

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Marketback Walker não me impressiona no Pioneer porque efeitos parecidos já surgiram no formato e nenhum deles fez muita diferença, além do Metagame atual ser extremamente pautado por eficiência de mana para gastarmos um turno jogando um card com os status de metade da nossa mana disponível, que compra uns cards extras quando morre.

Radiant Lotus é um build-around que pode trazer a clássica combinação de “Eggs” para o Pioneer: um deck famoso do Modern onde jogadores usavam artefatos com efeitos de ETB que compravam cards, sacrificavam esses para gerar mana e, em seguida, usavam mágicas como Second Sunrise e Faith’s Reward para devolvê-los ao campo de batalha.
Não temos nenhum dos efeitos de reanimação em massa de artefatos no Pioneer e somos privados até de Open the Vaults, mas cards como Brilliant Restoration podem funcionar como meio de gerar mana positiva com Radiant Lotus toda vez que sacrificamos os artefatos e voltamos eles, culminando em uma Aetherflux Reservoir para 50 de dano.
Talvez não seja um arquétipo muito competitivo perante os Aggros e pouco interativo demais contra os Midranges, mas Radiant Lotus é um dos melhores cards para tentar construir um deck em volta de Aetherdrift.
Terrenos

As Verges aliadas de Duskmourn viram jogo em algumas listas do Pioneer, e não há motivos para as Verges inimigas não terem o mesmo resultado. Sua interação com Shock Lands e Triomas facilita bastante o acesso de cores para algumas listas que se importam mais em não ter terrenos desvirados no turno 4 em diante, então eles parecem uma boa opção de investimento no formato no médio prazo.
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Conclusão
Isso é tudo por hoje!
Em caso de dúvidas, fique à vontade para deixar um comentário!
Obrigado pela leitura!
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